O presidente do Senado, Renan Calheiros (PMDB-AL), anunciou que governadores firmarão um acordo com o governo federal para cumprir medidas de ajuste fiscal em troca de repasses de recursos da repatriação.

continua após a publicidade

Renan não entrou em detalhes sobre qual porcentual da multa da repatriação seria repassado aos Estados nesse acordo, mas afirmou que a proposta está bem encaminhada na reunião que acontece nesse momento no Palácio do Planalto e que os governadores fizeram agora um intervalo da reunião para fechar um documento de contrapartidas. Nele, deve constar um compromisso de respeito ao ajuste fiscal, corte de gastos e limitação de reajustes nos Estados.

continua após a publicidade

Ao Congresso, os governadores pediram prioridade em matérias específicas. No Senado, foi pedida agilidade na reabertura da repatriação, renegociação da dívida dos Estados e a securitização de dívidas. Renan garantiu que, no que tange à reabertura da repatriação, o projeto será claro quanto ao porcentual dos recursos que será repassado aos Estados.

continua após a publicidade

Na Câmara, por sua vez, os governadores pediram que os deputados agilizem a votação dos depósitos judiciais, precatórios, dívida ativa e convalidação dos incentivos fiscais. Os projetos já passaram pelo Senado e aguardam apreciação da Câmara.

Renan afirmou ainda que o projeto que fixa a alíquota do Imposto Sobre Serviços (ISS), que estava na pauta de votação dessa terça-feira, 22, será retirada para análise dos governadores. O projeto pode ser votado posteriormente após a sugestão dos Estados.

Reajuste do funcionalismo

O presidente do Senado defendeu ainda que o reajuste do funcionalismo seja unificado nos Três Poderes. “É fundamental termos uma referência nisso. Eu defendo que o reajuste do serviço público tenha a mesma data-base e mesmo porcentual para os Três Poderes”, afirmou. Ele sugeriu ainda que o reajuste seja feito com base no Índice Nacional de Preços ao Consumidor (INPC).

Renan chegou a mencionar que a sugestão poderia ser incluída na PEC do teto, que está na pauta do plenário do Senado, mas voltou atrás ao ponderar que isso faria com que o texto voltasse para apreciação da Câmara. Dessa forma, o presidente do Senado sugere que um projeto específico seja feito para regulamentar o assunto.