O advogado do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva, Roberto Teixeira, foi interrogado nesta terça-feira, 19, como o último réu a ser ouvido pelo juiz federal Sérgio Moro em ação penal na qual o ex-presidente é investigado por supostas propinas de R$ 75 milhões da Odebrecht. Nesta mesma ação, o compadre de Lula é acusado de intermediar o suposto recebimento de propinas ao petista por meio da aquisição de dois imóveis, pela Odebrecht. O advogado foi o último réu interrogado e, agora, o processo entra na fase em que as defesas e o Ministério Público Federal vão apresentar as considerações finais.

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Um imóvel, em São Paulo, no valor de R$ 12 milhões, onde supostamente seria sediado o Instituto Lula, e o outro, em São Bernardo do Campo, no valor de R$ 504 mil, vizinho do apartamento aonde mora o ex-presidente. A atuação do advogado teria sido em torno da ocultação da propriedade dos imóveis, atribuída a Lula, segundo o Ministério Público Federal.

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Em depoimento, Teixeira, que alegou ter atuado apenas como advogado de Glaucos da Costamarques, primo de José Carlos Bumlai, foi questionado por Moro sobre pagamento de honorários em espécie.

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A solicitação do advogado, objeto de pergunta do magistrado, consta na denúncia do Ministério Público Federal como um pagamento extra, “por fora”, para a corretora de imóveis Edna Barros de Castro.

“Esse valor é um valor por dentro porque inclusive foi objeto de e-mail meu para a empresa pedindo para substituir o cheque por valor, porque assim foi solicitado. Evidente que isso não é por fora. É por dentro. Se não fosse por dentro eu não teria colocado isso no e-mail. Até porque inclusive, em espécie é dinheiro que tem curso normal. Isso não é proibido. Seria proibido negar curso à moeda brasileira”.