Esquerda quer se unir com Olívio Dutra

O ex-ministro das Cidades Olívio Dutra é o nome que está sendo cogitado pelas correntes à esquerda do PT para ser o candidato único à presidência nacional do PT, na eleição marcada para setembro. O ex-prefeito de Porto Alegre Raul Pont, da Democracia Socialista, o ex-deputado constituinte Plínio de Arruda Sampaio, apoiado por grupos independentes, e Walter Pomar, da Articulação de Esquerda, estão conversando sobre a possilidade de lançar um nome de consenso para competir com o atual presidente Tarso Genro, que está sendo indicado pelo campo majoritário, o grupo que comanda o partido. Genro assumiu o partido depois da renúncia do ex-deputado José Genoino, que deixou o partido após as denúncias de irregularidades na condução da sigla.

Dutra é tido como independente, embora tenha seguido a cartilha do campo majoritário no governo. A composição em torno de Dutra enfrenta dois obstáculos: ele não está disposto a entrar na disputa contra o candidato do presidente Lula e Pomar, o mais desconhecido dos candidatos de esquerda, hesita em ceder seu lugar para uma candidatura de consenso.

Candidatos das alas de esquerda no Paraná, o deputado federal Dr. Rosinha, que é da mesma corrente de Pont, e o deputado estadual Tadeu Veneri, independente que apóia Arruda Sampaio, acham que uma alteração no quadro nacional pode significar a reabertura de negociações no Estado para o lançamento de uma candidatura única.

Veneri disse que o processo de aproximação nacional não precisa ser repetido obrigatoriamente no Estado, mas que o quadro deve ser analisado para se saber até que ponto uma candidatura única levaria a esquerda à vitória no Estado. Rosinha afirmou que a partir de uma mudança nacional, é possível pensar no assunto. "Já discutimos essa hipótese bastante antes, mas se vier a ocorrer algo nacional, abre-se o debate", disse.

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