A melhora nos indicadores de aprovação da presidente Dilma Rousseff (PT), segundo pesquisa CNI/Ibope divulgada nesta quarta-feira, 17, abre a possibilidade de a presidente fazer com tranquilidade mudanças na diretoria da Petrobras e eventualmente em outras áreas para o segundo mandato. A avaliação é do cientista político e professor da Fundação Getulio Vargas Fernando Abrucio. “Ela tem que aproveitar esse otimismo inicial para fazer essas mudanças”, disse ao Broadcast Político.

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Os indicadores melhores, explica Abrucio, são uma tendência natural após o período eleitoral. “Há uma esperança e um otimismo que são normais após uma eleição”, avaliou. Para ele, o resultado mostra também que as denúncias do escândalo da Petrobras não têm atingido a imagem da presidente para a população em geral. “A história da Petrobras, no fundo, é paradoxal. De um lado desgasta o governo, especialmente entre economistas e formadores de opinião, de outro reforça a imagem de faxina”, disse o professor.

Com relação à guinada ortodoxa de Dilma na economia para o segundo mandato, com indicação de Joaquim Levy para a Fazenda, Abrucio pondera que é um fator de pouco apelo popular e que deve ter tido pouca influência no levantamento encomendado pela CNI.

O levantamento CNI/Ibope divulgado nesta manhã mostrou que a aprovação à maneira de governar da presidente passou de 48% para 52% entre setembro e dezembro, ao passo que a desaprovação passou de 46% para 41% no mesmo intervalo. A confiança no governo Dilma também cresceu, passando de 45% para 51%. O governo petista foi avaliado como ótimo ou bom por 40% dos entrevistados, ante 38% em setembro. A avaliação regular do governo Dilma oscilou de 32% para 33% e a ruim ou péssima oscilou de 27% para 28%.

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