Os deputados estaduais vão escolher o próximo conselheiro do Tribunal de Contas em votação marcada para quinta-feira (14), às vésperas do encerramento oficial do ano legislativo. Candidato à vaga de conselheiro aberta pela renúncia do vice-governador Orlando Pessuti (PMDB) à indicação, o presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), disse que resolveu antecipar a eleição e o início do recesso que estavam marcados para a próxima semana. Brandão pretende votar todas as matérias que estão na pauta da votação até sexta-feira (15).
As inscrições para o cargo de conselheiro foram encerradas ontem, às 18h, com seis candidatos. Hoje, todos serão ouvidos pela comissão especial formada pelos deputados Ângelo Vanhoni (PT), Francisco Buhrer (PSDB) e Alexandre Curi (PMDB). A comissão analisa se todos preenchem os requisitos para concorrer ao cargo e apresenta um relatório ao plenário, que faz a sua escolha.
Além de Brandão, estão na disputa pelo cargo vitalício e com salário em torno de R$ 21 mil os seguintes nomes: Augusto Canto Neto (ex-secretário de Obras), Antônio Rodolfo Hanauer (contador), José Antônio de Souza (professor), Valdemar José Teodoro (funcionário da Prefeitura de Curitiba) e Harry Avon (funcionário do Tribunal de Contas da União).
Brandão já conversou com a maioria dos deputados. Ele tem o apoio da bancada governista e também da oposição. A previsão é que seja indicado por unanimidade para ocupar a vaga de conselheiro.
Novas funções
Ex-indicado para a vaga, o vice-governador Orlando Pessuti foi ontem à Assembléia Legislativa agradecer aos deputados pela aprovação do seu nome em março deste ano e justificar que decidiu abdicar da vaga para ficar no governo. O vice-governador afirmou que trabalha com a hipótese de concorrer ao governo em 2010. Se Requião se afastar para disputar as eleições, Pessuti pode substitui-lo no Palácio Iguaçu e pensa em disputar o governo pelo PMDB. ?É uma das possibilidades que temos. A única que eu não considero é concorrer novamente a vice-governador?, disse Pessuti.
O PMDB precisa se organizar desde já para preparar o sucessor de Requião, disse o vice-governador. Ele observou que o processo de articulação anda rápido e que é mais um desafio para Requião eleger o seu sucessor. ?Faltam só 46 meses para a eleição de governador?, brincou.
Pessuti afirmou que, neste segundo mandato, já foi avisado pelo governador Roberto Requião que suas atribuições mudarão. Durante este governo, Pessuti assumiu a Secretaria da Agricultura. A partir do próximo ano, Requião quer vê-lo ajudando na coordenação política do governo junto com a Casa Civil e a liderança do governo na Assembléia Legislativa. ?Nós conversamos e o govenador me disse que precisa mais de mim na articulação política e administrativa do governo?, comentou.
O vice-governador anunciou ontem seu apoio à candidatura do ex-secretário de Desenvolvimento Urbano Renato Adur para a presidência estadual do PMDB, na convenção que será realizada no domingo (17). Pessuti ensaiou uma candidatura ao comando do partido, mas Requião prefere ter no cargo um peemedebista sem mandato e que possa se dedicar integralmente ao partido. ?Eu sempre apoiei o Renato Adur e ele sempre me apoiou. A eleição do Adur deverá ser consensual?, comentou.