A possibilidade do aumento da idade para a aposentadoria compulsória de juízes federais fez com que entidades jurídicas lançassem na manhã desta quarta-feira (05) um manifesto contra a chamada PEC da Bengala, que tramita no Congresso Nacional.

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Segundo o manifesto, a Proposta de Emenda à Constituição que aumenta a idade para aposentadoria compulsória de 70 para 75 anos é “contrária à lógica republicana” e um obstáculo à “oxigenação do Judiciário”.

“Essas entidades têm defendido a necessária e indispensável modernização no ambiente do Poder Judiciário”, diz o documento assinado pela Ordem dos Advogados do Brasil, a Associação dos Magistrados Brasileiros (AMB), a Associação Nacional dos Magistrados da Justiça do Trabalho (Anamatra) e a Associação dos Juízes Federais do Brasil (Ajufe).

O manifesto lançado hoje alerta ainda para os perigos que a PEC da Bengala traz à “evolução jurisprudencial”. Segundo as entidades, seria criado “um verdadeiro empecilho ao surgimento de novos valores na magistratura devido ao engessamento da carreira dos juízes”.

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Nos próximos quatro anos, cinco dos dez ministros do Supremo Tribunal Federal completarão 70 anos e serão compulsoriamente aposentados se a legislação não for alterada.

O texto da PEC 457/2005, de autoria do senador Pedro Simon (PMDB-RS), foi aprovado pelo Senado em 2005 e desde então tramita na Câmara dos Deputados. O projeto está há nove anos na Câmara, onde aguarda votação em plenário e precisa de 3/5 dos votos dos deputados para ser aprovado.

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