Entidades de representação da imprensa classificaram como “atentado à liberdade de expressão” e pediram a punição do responsável pela agressão contra o repórter Sérgio Roxo, do jornal “O Globo”. O jornalista trabalhava na cobertura da caravana do ex-presidente Luiz Inácio Lula da Silva na cidade de Francisco Beltrão, no Paraná, quando levou um soco de um segurança da equipe do petista.

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“Além de injustificável ato de violência, foi lamentável tentativa de impedir o livre exercício do jornalismo. O trabalho dos jornalistas é levar os fatos ao conhecimento público e quem busca prejudicar essa missão está agredindo os próprios cidadãos, e, acima de tudo, afrontando o princípio maior da liberdade de imprensa”, disse, em nota, a Associação Nacional dos Jornalistas (ANJ).

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Sérgio Roxo filmava a intervenção a um carro de manifestantes feita por dois homens da equipe de Lula, quando foi abordado por um dos seguranças e agredido com um soco no rosto. O ataque aconteceu no acesso ao aeroporto de Francisco Beltrão, de onde o ex-presidente havia embarcado momentos antes com destino a Foz do Iguaçu (PR). O agressor não foi identificado.

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“Toda e qualquer agressão a um jornalista é um atentado à liberdade de expressão. É preciso que a sociedade, as forças de seguranças e os políticos respeitem o trabalho do profissional. No caso, apesar de ter uma contextualização, o repórter estava fazendo o trabalho dele e precisa ter assegurado o direito de exercer sua profissão”, afirmou Maria José Braga, presidente da Federação Nacional dos Jornalistas (Fenaj).

A Associação Brasileira de Emissoras de Rádio e Televisão (Abert) emitiu uma nota de repúdio contra o incidente e pediu a apuração e punição do responsável.

“São extremamente preocupantes os atos de violência que tentam impedir a livre e necessária atuação da imprensa. Nada justifica ações como esta, que demonstram intolerância e desconhecimento do real papel dos veículos de comunicação de informar a sociedade sobre assuntos de interesse público”, diz a manifestação da Abert.

A Associação Brasileira de Jornalismo Investigativo (Abraji) também divulgou uma nota de repúdio do início da noite. No texto, além de lamentar o ocorrido desta segunda-feira, 26, a entidade menciona outros casos recentes de violência contra jornalistas, nos quais os profissionais foram agredidos por diferentes grupos de manifestantes e por policiais militares.

“A Abraji repudia toda e qualquer agressão a jornalistas no exercício da profissão. O uso de violência contra jornalistas atenta diretamente contra a liberdade de expressão – a mesma que garante a realização de protestos e de comícios políticos. Atacar um jornalista é comprometer um dos fundamentos da democracia, o acesso à informação”, diz o texto.

A assessoria de Lula informou que o ex-presidente repudia qualquer ato de violência e que vai apurar o ocorrido.