Outras seis entidades se juntaram à Associação dos Magistrados do Paraná (Amapar) para defender o juiz titular da Vara de Inquéritos da Capital, Pedro Sanson Corat, ofendido pelo deputado estadual Fábio Camargo (PTB), em discurso na tribuna da Assembléia Legislativa na sessão realizada na terça-feira passada, 18.
A Associação dos Delegados da Polícia Federal (ADPF), a Associação dos Delegados da Polícia Civil do Paraná, a Secretaria de Segurança Pública do Paraná, o Programa de Proteção e Assistência às Vítimas e Testemunhas Ameaçadas (Provita), o Conselho Permanente de Direitos Humanos e a Associação Paranaense de Advogados Criminais (Apacrimi) divulgaram ontem uma moção de reconhecimento e apoio a Corat, por sua “independência e correto exercício da magistratura”.
O juiz foi acusado por Camargo de abusos na autorização de escutas telefônicas no Estado. O deputado chamou Corat de “moleque criminoso”. Na moção, assinada também pela Amapar, as entidades manifestaram “o reconhecimento a contribuição relevante do ofendido no interesse da Justiça e da Segurança Pública e às suas elevadas qualificações funcionais e pessoais”.
Na nota, as entidades fazem também um histórico da carreira de Corat, que assumiu o cargo de Juiz Titular da Vara de Inquéritos do Foro Central de Curitiba em 2004.
“O doutor Pedro Luís Sanson Corat, embora jovem, é portador de títulos e homenagens que o distinguem perante seus colegas e a sociedade.” Entre as qualificações e funções de Corat destacadas pelas entidades estão a de especialista no combate ao crime organizado e lavagem de dinheiro e integrante da força-tarefa de repressão ao crime de tráfico de drogas, em parceria com a Secretaria de Segurança Pública e Superintendência da Polícia Federal.
A nota ressaltou que, no comando da Vara de Inquéritos Policiais de Curitiba, o juiz tem “atuado com destemor e perseverança no combate legal à criminalidade organizada, dentro dos limites normais da jurisdição como ficou público e notório nos procedimentos que culminaram na prisão de megatraficantes como o colombiano Juan Carlos Ramirez Abadia e Fernandinho Beira-Mar”. As entidades assinalaram que a atuação de Corat possibilitou a recuperação de R$ 2 bilhões aos cofres públicos do Paraná.
Reprodução de documento assinado por diretores de várias entidades em defesa do juiz Pedro Sanson Corat.