Um bolo de nozes ornamentado por bonecos da presidente Dilma Rousseff e do vice-presidente Michel Temer foi servido nesta terça-feira (12) depois do almoço dos líderes dos partidos aliados com a ministra Ideli Salvatti (Relações Institucionais), no apartamento do líder petista Paulo Teixeira (SP).
Feito sob encomenda, o bolo de dois andares, com recheio de doce de leite, foi levado à reunião pelo líder do PMDB, Henrique Eduardo Alves (RN). Tinha a frase “amor à 15ª vista” e Dilma e Temer pareciam “noivos”.
Como PT e PMDB estão juntos há bem menos tempo, alguns chegaram a brincar que a guloseima retratava uma coligação que deverá durar mais 15 anos, até 2026.
Henrique Alves avisou, porém, que a referência numérica era apenas para lembrar o número do partido nas eleições, o 15. Apesar do clima cordial e muitas risadas, não faltaram estocadas na hora de partir a iguaria recheada com doce de leite.
“O PT dá tanto bolo na gente que resolvi tomar a iniciativa e dar o primeiro bolo”, disse Alves. “O governo divide o poder equitativamente: é uma uva para o PMDB e uma melancia para o PT”, emendou Marcelo Castro (PMDB-PI).
Sem conter a gargalhada, Alves contou que Temer reclamou porque o boneco com sua imagem era muito menor do que o de Dilma. “Mas isso não importa, é o de menos nesse casamento”, brincou. Em tom bem humorado, o líder do PMDB também cobrou Teixeira ao dizer que o PT era “pão duro” e nunca oferecia almoços aos partidos da base aliada do governo.
“Então, como foi a primeira vez do Paulo Teixeira como nosso anfitrião, resolvi homenageá-lo com esse bolo”, insistiu Alves. Teixeira não passou recibo e, como bom católico, caprichou na referência ao casamento para mostrar que nenhuma crise política, por maior que seja, pode abalar a união entre o PT e o PMDB. “O que o povo uniu os líderes não separam”, disse o petista.