Nos cinco dias sem cobrança de pedágio para motocicletas, as concessionárias que operam nas estradas do anel de integração do Paraná deixaram de arrecadar R$ 118.921,10. Os números são do balanço apresentado ontem pela Associação Brasileira de Concessionárias de Rodovias (ABCR) referente ao período entre 18 e 22 de dezembro, em que vigorou a Lei Estadual 15.722, que isentava do pedágio os veículos de duas rodas. Cinco das seis empresas que operam no Estado foram autorizadas a retomar a cobrança para motocicletas a partir do dia 23, após a decisão liminar do juiz federal substituto de plantão, Fabiano Bley Blanco.
Segundo a ABCR, 35.095 veículos foram beneficiados pela isenção e, no período, foram registrados 37 acidentes, com 36 pessoas feridas e três mortes. Também foram registrados 212 atendimentos, como panes e reboques.
Em sete praças do Estado os motociclistas ainda estão isentos do pagamento do pedágio. São os trechos sob administração da Rodonorte que, ao contrário das outras cinco concessionárias, entrou com mandado de segurança na Justiça Estadual, por entender que é a esfera estadual que tem a competência sobre a questão. A ação da Rodonorte ainda está em tramitação no Tribunal de Justiça. O desembargador Miguel Pessoa foi designado como relator.
Desde o início da isenção até o final da tarde de ontem, aproximadamente 12,5 mil motocicletas e similares passaram pelas praças de pedágio da Rodonorte, instaladas nas BRs-277, 376 e PR-151, sem pagar a tarifa. Devido à liberação, a concessionária deixou de arrecadar cerca de R$ 40 mil. Neste período, o Centro de Controle de Operações (CCO) registrou 14 acidentes com motos, que resultaram em 14 pessoas feridas e um óbito.
A ABCR lembrou que esses valores que as empresas deixaram de arrecadar serão adicionados ao passivo dos contratos, que será cobrado numa eventual renegociação entre concessionárias e governo do Estado.
