O empresário Eike Batista é alvo de nova fase da operação Lava Jato. Ele é acusado de receber propina para conseguir vantagens durante o governo de Sérgio Cabral, no Rio de Janeiro. Segundo advogados do empresário, Eike está em viagem e não foi dado um prazo para ele se apresentar, por isso é considerado foragido da Justiça. Os mandados foram expedidos pela 7º Vara Criminal do Rio de Janeiro.
Além de Eike Batista, a nova fase, nomeada de “Eficiência”, tem nove mandados de prisão preventiva (que não tem tempo determinado). Dentre esses 3 já foram presas: Sergio Cabral, e dois ex-secretários. Há ainda quatro mandados de condução coercitiva, quando o suspeito presta depoimentos sobre a investigação.
O vice-presidente de futebol do Flamengo Flávio Godinho, ex-braço direito de Eike, também teve prisão preventiva decretada.
A operação
A PF informou que investiga crimes de lavagem de dinheiro consistente na ocultação no exterior de aproximadamente US$ 100 milhões. “Boa parte dos valores já foi repatriada. Também são investigados os crimes de corrupção ativa e corrupção passiva, além de organização criminosa”, informa a nota da Polícia Federal.
O Ministério Público Federal participa da operação e há apoio da Receita Federal. Cerca de 80 policiais federais cumprem nove mandados de prisão preventiva, quatro de condução coercitiva e 22 mandados de busca e apreensão no Rio de Janeiro, informou a Polícia.
Todas as diligências tiveram origem nos desdobramentos da investigação sob tutela do juiz Marcelo Bretas, da 7ª Vara Federal do Rio de Janeiro. Na fase desta quinta-feira, as informações foram coletadas em dois acordos de colaboração que abordaram os detalhes do esquema de lavagem de dinheiro por trás dos desvios praticados pelo grupo do ex-governador Sergio Cabral. A investigação mira pagamentos de propina envolvendo o ex-governador.
Entre os alvos da ação desta quinta-feira está o empresário Eike Batista, que teve mandado de prisão preventiva expedido contra ele. A defesa de Eike informou que ele está fora do Rio.
Outros grandes empresários estão entre os investigados que tiveram a prisão preventiva decretada, acrescentou a PF. Os policiais agendaram uma coletiva de imprensa às 10h30, na sede da Polícia Federal no Rio de Janeiro, para detalhar a operação.