Ao substituir Lerner, Emilia estará imediatamente se tornando inelegível, de acordo com o que prevê a Lei Eleitoral.
A pefelista tentou ser candidata ao Senado, mas o partido vetou sua indicação, substituindo-a pelo deputado federal Luciano Pizzatto. A vice ainda ameaçou ir à Justiça contra a decisão, mas desistiu e passou a alimentar a expectativa de que poderia se candidatar a uma vaga na Câmara Federal. Ela tinha até 7 de agosto para solicitar o registro de sua candidatura na Justiça Eleitoral, mas ontem anunciou que não pretende mais concorrer ao cargo. “Esperava que o PFL quisesse conversar comigo como gente grande. Mas só recebi recados. Como não sou mulher de recados, decidi não sair candidata. Emilia não adiantou se continuará filiada ao partido depois das eleições. Disse apenas que, como ela, há várias lideranças da legenda indignadas com a forma que considera pouco democrática como a cúpula vem tomando as decisões.
“Fui vítima de uma ´cassação branca´ que partiu de nove membros do partido, contrariando o direito dos convencionais, que aclamaram meu nome para o Senado”, disse a vice, irritada. Emilia Belinati também afirmou que vai terminar o seu mandato, em dezembro deste ano, e que até as próximas eleições para a sucessão estadual – em 2006 -vai decidir seu futuro político. “Não tenho a vaidade de disputar a eleição a cada quatro anos. Vou continuar fazendo política, mesmo sem madnato”, comentou a vice-governadora, que nesta campanha deverá ajudar seu filho, Antonio Carlos Belinati, na disputa pela sua reeleição à Assembléia Legislativa.