O Itamaraty fechou o quadro que comandará a diplomacia brasileira na etapa final do governo Luiz Inácio Lula da Silva e o início da administração de seu sucessor.
No último final de semana, o ministro das Relações Exteriores, Celso Amorim, designou para a secretaria-geral o atual embaixador do Brasil em Washington, Antonio Patriota.
Segundo posto da casa, o cargo fora ocupado nos últimos seis anos e dez meses pelo embaixador Samuel Pinheiro Guimarães, uma das figuras mais controversas da diplomacia do governo Lula.
As mudanças devem se concretizar até o próximo dia 30, quando Pinheiro Guimarães completará 70 anos e, conforme as normas da carreira diplomática, será forçado a se aposentar.
Amorim espera que, até o final do mês, o presidente Lula bata o martelo sobre a ascensão do embaixador para o seu gabinete de ministros. Pinheiro Guimarães deverá assumir a vaga deixada pelo acadêmico Roberto Mangabeira Unger, em junho passado, na Secretaria de Assuntos Estratégicos.
Ao escolher Patriota para a secretaria-geral, Amorim reforçou sua preferência por diplomatas mais jovens e de sua extrema confiança em postos-chave do Itamaraty.
Embora sem experiência na condução de uma embaixada, o diplomata havia sido escolhido para o posto mais importante e delicado da carreira, a representação do Brasil em Washington, no início de 2007. Anteriormente, Patriota havia atuado como subsecretário de Assuntos Políticos do Itamaraty e como chefe de gabinete de Amorim.
Na equação montada pelo ministro Celso Amorim, o atual embaixador do Brasil em Buenos Aires, Mauro Vieira, assumirá o lugar de Patriota na embaixada em Washington.