O presidente da Assembléia Legislativa, Hermas Brandão (PSDB), disse ontem que irá submeter à votação na próxima semana a mensagem do governo que transforma a Emater em uma autarquia. Ontem, o vice-governador e secretário da Agricultura Orlando Pessuti afirmou que é preferível uma autarquia bem estruturada, do que uma empresa em dificuldades.
Pessuti foi à Assembléia Legislativa explicar aos deputados da base aliada as mudanças na forma de execução do programa Paraná Doze Meses, cujos equipamentos e serviços serão licitados por pregão eletrônico. Para o vice-governador, a mudança na Emater é necessária para manter funcionando os serviços de extensão rural, que é o objetivo da empresa.
De acordo com Pessuti, o custo da folha de pessoal sacrifica a atividade-fim da empresa, já que os servidores da Emater têm seus salários integralmente pagos pelo estado, mas obedecem a regras de reajustes da iniciativa privada. Sem poder cobrar por seus serviços, a autonomia financeira da Emater acaba existindo apenas no papel, já que a folha de pagamento é bancada pelo governo do Estado, disse o vice-governador.
Para Pessuti, a manutenção da Emater como empresa privada está impedindo o governo de ter uma política salarial para outros órgãos da área, como o Iapar (Instituto Agronômico do Paraná). Conforme o vice-governador, o plano de carreira e salários dos funcionários do Iapar está pronto e será enviado à Assembléia para ser votado em conjunto com a mensagem da Emater.
