O presidente da Venezuela, Hugo Chávez, recomendou “força” ao ministro-chefe da Casa Civil do Brasil, Antonio Palocci, alvo de denúncia de suspeita de enriquecimento ilícito. “Fuerza, fuerza”, afirmou Chávez, ao cumprimentar Palocci, na chegada ao Palácio do Planalto, em sua visita oficial ao País.
Chávez chegou apoiado em uma bengala. Por causa de um problema no joelho, que o impediu de viajar para Brasília em maio, o presidente venezuelano evitou a rampa do Palácio do Planalto e chegou pelo elevador ao salão nobre, onde foi recebido pela presidente Dilma Roussef. Depois os dois ouviram os hinos do Brasil e da Venezuela, no topo da rampa.
Decisão final
A senadora Marta Suplicy (PT-SP) avaliou nesta segunda (6) que a manutenção do ministro-chefe da Casa Civil, Antonio Palocci, no governo federal ou sua saída é uma “decisão presidencial”. A petista disse que apoia “plenamente” a explicação dada pelo ministro sobre a evolução patrimonial em entrevista concedida na sexta-feira ao “Jornal Nacional”, da TV Globo.
“Para a oposição, nada convenceria. Eu apoio plenamente o que ele falou, achei que foi coerente e tranquilo”, disse, antes de presidir, como representante da Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado, a audiência pública “A Reforma Política e as Mulheres”, promovida na sede da Federação das Indústrias do Estado de São Paulo (Fiesp), na capital paulista.
“Agora, tem de esperar a presidente (Dilma Rousseff). Isso não vai depender de partidos políticos, é uma decisão presidencial.” A senadora classificou de “infelicidade” o fato de o ministro ter alugado um apartamento em São Paulo que estaria registrado em nome de uma empresa que teria como principal sócio um suposto “laranja”. A informação foi divulgada na edição deste fim de semana da revista “Veja”.
Marta saiu em defesa do ministro e alegou que não dependia dele saber a situação dos proprietários do imóvel. “Quando você aluga de alguém, você imagina que está tudo certo na imobiliária, que tem a obrigação de verificar isso”, disse.
