O projeto de reajuste do salário do prefeito e dos secretários, aprovado ontem pela Câmara Municipal de São Paulo, vai implicar aumento real de salário para 20 dos 27 secretários e, só com eles, gasto extra para os cofres públicos de R$ 2,3 milhões ao ano – sem o 13.º salário. O discurso inicial de Gilberto Kassab (sem partido) era de que tudo ficaria “como está”, só oficializando vencimentos.

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A explicação do prefeito era de que hoje o salário dos secretários é complementado pelos jetons (remunerações extras por reuniões) que cada um recebe nos conselhos das empresas municipais – cada cargo acumulado rende R$ 6 mil a mais por reunião. Segundo Kassab, os secretários continuariam nos conselhos, sem remuneração.

Entretanto, apenas 14 dos 27 secretários participam de conselhos. Os outros 13 cargos, portanto, terão aumento integral de R$ 13,7 mil. Além disso, só sete dos que recebem jetons têm salário acima dos R$ 19,4 mil – todos os outros ganham menos que isso, o que significa que também poderão ter aumento real nos vencimentos.

No total, são gastos hoje R$ 2,1 milhões por ano de jetons com secretários. Para chegar a esses números, a reportagem tabelou todos os vencimentos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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