Arrolado como testemunha de defesa do prefeito de Campinas (SP), Hélio de Oliveira Santos (PDT), na Comissão Processante (CP) que apura supostas irregularidades na administração do pedetista, o deputado estadual Edinho Silva (PT) depôs na tarde de hoje e, como era esperado, seu depoimento foi pouco expressivo.
A CP investiga supostas irregularidades na administração municipal em autorizações para parcelamento do solo (loteamentos), instalações de antenas de telefonia celular no município e em contratos da Sanasa, a empresa de saneamento de Campinas. O deputado disse desconhecer o processo político-administrativo ao qual Hélio responde na Câmara, não conhecer a Sanasa nem nunca ter estado em Campinas para tratar de assuntos relacionados à empresa.
Ele afirmou também que seu relacionamento com dr. Hélio é estritamente político-partidário. “Prefiro não opinar sobre teses”, disse o petista em resposta a ao menos duas perguntas relacionadas à permanência de Hélio no cargo durante investigações que recaem sobre seus secretários e sobre sua mulher, Roseli Nassim dos Santos, apontada pelo Ministério Público como chefe do suposto esquema de corrupção na Sanasa.
Edinho confirmou já ter tido contato com alguns dos suspeitos. “Mas eu os encontrava em reuniões partidárias”, afirmou. Também na tarde de hoje, um dos advogados do prefeito, Alberto Rollo, entregou à comissão documentos de defesa de dr. Hélio. O vereador Artur Orsi (PSDB), autor do pedido de cassação do pedetista, disse que os documentos parecem forjados e foram produzidos “mal e porcamente”. Rollo afirmou que uma perícia levaria algo em torno de um mês. A Comissão Processante poderá pedir o impeachment de Hélio de Oliveira Santos ao fim dos trabalhos, que podem levar até 90 dias.