No ato simultâneo realizado ontem pelo presidente Luiz Inácio Lula da Silva e sete ministros em Alta Floresta (MT), Marabá (PA) e Porto Velho (RO) para anunciar o início da regularização das terras da Amazônia, a ministra da Casa Civil, Dilma Rousseff, foi uma das principais atrações. De Porto Velho, ela discursou, recebeu apoios para a candidatura à sucessão presidencial em 2010 e recebeu de Lula até uma manifestação fingida de ciúmes.

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O presidente, que estava em Alta Floresta, virou-se para o governador de Mato Grosso, Blairo Maggi (PR), e “se queixou”. “Vai terminando o tempo do mandato, as pessoas já vão correndo atrás de quem pode ser a futura presidente. Então, tem mais ministros com ela do que comigo aqui.” Em seguida, Lula fez falsa ameaça. “O que eles (ministros) não sabem é que eu ainda tenho o peso da caneta”, afirmou.

Dilma discursou como candidata. Afirmou que o Brasil está fazendo as hidrelétricas de Santo Antonio e Jirau, no Rio Madeira, em Rondônia e, ao contrário dos governos anteriores, desta vez vai indenizar os atingidos pelas barragens. Para a ministra, agora cabe ao governo zelar para que a Amazônia seja preservada. “Ter a floresta em pé é a sua maior riqueza”, disse Dilma. Ela vai coordenar um programa que legalizará terras de até 1,5 mil hectares, dará linhas de crédito e assistência técnica da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa) com ajuda do Serviço Brasileiro de Apoio às Micro e Pequenas Empresas (Sebrae).

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