O ex-presidente da Fundação Nacional de Saúde (Funasa) Paulo Lustosa divulgou nota hoje esclarecendo que as irregularidades detectadas no órgão pela Operação Fumaça da Polícia Federal não ocorreram durante o período em que chefiou a Fundação. Lustosa presidiu a Funasa entre julho de 2005 e março de 2007. Ao argumentar que há anos está afastado da presidência da Funasa, Lustosa lembrou que o atual presidente da Fundação, Danilo Forte, foi diretor executivo do órgão durante sua gestão.

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Reportagem publicada no domingo pelo jornal O Estado de S.Paulo revela que a Funasa – que financia projetos de saneamento básico e saúde indígena – teria se transformado em um balcão de negócios. Entre os investigados pela Polícia Federal e pelo Ministério Público estão Guaracy Aguiar, ex-coordenador da Funasa no Ceará e irmão do presidente do Tribunal de Contas da União (TCU), Ubiratan Aguiar, e Danilo Forte.

O presidente do PMDB do Ceará, deputado Eunício Oliveira, disse que a operação da PF é da época em que a Funasa era presidida por Lustosa. “Foi com grande surpresa que tomei conhecimento da acusação dissimulada e completamente descabida do deputado federal Eunício Oliveira. Posso somente imputar a atitude à tentativa do parlamentar de tentar salvar sua pré-candidatura ao Senado Federal, que há muito tem apresentado sinais de evidente fracasso. Afinal a indicação de Danilo Forte para a presidência da Funasa teve como principal articulador o deputado Eunício Oliveira”, afirmou Lustosa.

“A ligação do parlamentar com o atual presidente da Funasa, Danilo Forte, que ora se encontra sob investigação da Polícia Federal, pode ter sido percebida pelo deputado como um elemento a mais para o desgaste já avançado de sua intenção eleitoral”, completou o ex-presidente da Funasa, ao lembrar que “há meses” cancelou sua filiação ao PMDB cearense.

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