A confirmação da vitória de Dilma Rousseff na eleição presidencial desencadeou nova movimentação no PT mineiro. O pano de fundo dessa vez é a disputa pela prefeitura de Belo Horizonte em 2012.
Os sinais de movimentação surgiram antes da votação do primeiro turno, quando a iminência da derrota da chapa de Hélio Costa (PMDB) e Patrus Ananias (PT) fez recrudescer no diretório estadual as dissensões entre os grupos do ex-ministro do Desenvolvimento Social e do ex-prefeito Fernando Pimentel. Agora, enquanto Pimentel, derrotado na eleição para o Senado, busca espaço no governo Dilma, Patrus é apresentado como opção para o PT recuperar o terreno perdido na capital mineira.
Interlocutores dos dois líderes concordam que o partido precisa se preparar para impedir que o senador eleito Aécio Neves (PSDB) se torne o imperador político do Estado, com poder suficiente para exilar o PT da prefeitura. Na opinião de um deputado federal ligado a Pimentel, a disputa pelo poder na capital deve ser o maior foco de resistência petista.
Eleito com votação expressiva para o Senado, Aécio também emplacou o nome de seu sucessor, o governador reeleito Antonio Anastasia (PSDB), e ajudou o ex-presidente Itamar Franco (PPS) a se eleger para outra vaga de senador. Os petistas apostam que a próxima investida do tucano será a prefeitura.