Para garantir o reforço da base aliada em sua administração, o prefeito eleito de São Paulo, João Doria (PSDB), reuniu os vereadores eleitos pela sua coligação para um jantar na noite desta segunda-feira (24). O evento ocorreu no Edifício Itália, no centro da cidade. Dos 25 eleitos pela aliança de Doria, apenas Reginaldo Tripoli (PV) não esteve presente.
O prefeito eleito justificou a escolha do local, que tem uma visão panorâmica de São Paulo, para que os presentes “vissem a cidade como um todo”. O tucano falou pouco e pediu que os vereadores se apresentassem e falassem sobre suas expectativas em relação ao mandato. O vice-prefeito eleito, Bruno Covas (PSDB), e o coordenador de campanha e da equipe de transição, Júlio Semeghini, também falaram.
Nas vésperas de se encontrar com o presidente Michel Temer em Brasília, Doria agradeceu aos eleitos pelo empenho no pleito e pediu dedicação e agilidade a partir de janeiro. E avisou que vai “dar trabalho aos vereadores”, segundo relatos de pessoas que compareceram ao jantar. Doria pediu rapidez na apreciação dos projetos que enviará à Câmara.
Uma das prioridades dos vereadores será analisar o projeto da privatização do Anhembi e do Autódromo de Interlagos já no primeiro semestre de 2017.
Alguns vereadores classificaram o jantar como altamente positivo. Não houve, porém, discussões sobre projetos e sobre a acomodação de ao menos 17 partidos na administração – 13 participaram da coligação e outros quatro estão em negociações para compor a base de Doria. “Há um risco dele não conseguir atender aqueles partidos que estiveram juntos desde o início. Algumas expectativas podem ser frustradas”, disse um dos presentes.
A escolha do próximo presidente da Câmara foi um dos assuntos mais debatidos no contato informal entre os políticos. Mario Covas Neto (PSDB) e Milton Leite (DEM) disputam o apoio dos colegas para uma indicação.