Em inserções na TV, PDT critica mudanças no seguro-desemprego

Partido aliado da presidente Dilma Rousseff, o PDT usou as inserções a que tem direito na TV aberta, nesta semana, para defender direitos trabalhistas. Estrelados pelo presidente do partido, Carlos Lupi, os vídeos ressaltam que os parlamentares do partido votaram para que “o trabalhador não perca direitos adquiridos”.

“Nossos deputados votam contra a terceirização, contra a redução do seguro-desemprego e do abono salarial e contra a retirada dos direitos de nossos aposentados e pensionistas. O PDT tem um lado, o lado do trabalhador”, diz Lupi em um dos vídeos, sem falar diretamente das medidas provisórias editadas pela presidente Dilma Rousseff. As medidas foram aprovadas pelo Congresso Nacional.

Nas inserções, o PDT cita o governo, mas nos bastidores líderes reclamaram das medidas provisórias do ajuste fiscal que mexeram em direitos trabalhistas, como a que alterou a regra do seguro-desemprego. A alegação era que as medidas, tomadas de “forma autoritária”, não combatiam as possíveis fraudes e prejudicavam o trabalhador. Os pedetistas alegavam que teriam dificuldade em apoiar o governo.

A relação do PDT com o governo passa por momentos de turbulência desde a reeleição de Dilma. Insatisfeitos com o Ministério do Trabalho, pasta que cabe à sigla desde o governo de Luiz Inácio Lula da Silva, dirigentes do partido falam em deixar a base.

Em abril, o jornal O Estado de S. Paulo publicou críticas feitas por Lupi ao PT em uma reunião fechada. Na ocasião, o ex-ministro do Trabalho disse a correligionários que o PT “roubou demais”. A ameaça de deixar o governo ainda não foi concretizada e o PDT permanece como legenda aliada.

Na atual rodada de inserções na TV, o PDT critica ainda a redução da maioridade penal e o “lucro absurdo” dos bancos.

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