O presidente do Instituto Teotônio Vilela, braço de articulação política do PSDB, afirmou na noite desta segunda-feira, 15, que o ex-presidente Lula é “malandro” e responsável pelo “desastre” que atinge o País. José Aníbal disse ainda que o PT provocou uma “devastação” em fundos de pensão de funcionários públicos da Caixa, do Banco do Brasil e da Petrobras e que o partido jogou o País num buraco.
“Agora dizem que vão fazer uma campanha forte, porque o Lula é vítima da imprensa. O Lula é vítima dele, o Lula é vítima desse povo que está com ele. Ele é o principal autor desse desastre! Malandro, de vender facilidade, pra colher votos. Não teve a integridade de fazer pelo Brasil o que o Brasil merecia que fosse feito, um País sério, respeitado, com crescimento constante, sem desvio, sem esse buraco que nos jogaram agora”, afirmou Aníbal.
Contatada, a assessoria do ex-presidente Lula não rebateu as afirmações do tucano até o fechamento desta reportagem. Aníbal participava de um ato de apoio à pré-candidatura do deputado federal Ricardo Trípoli para a Prefeitura de São Paulo.
Das prévias do PSDB, cujo primeiro turno está marcado para 28 de fevereiro, vai sair um dos adversários ao projeto de reeleição de Fernando Haddad. O prefeito é afilhado político de Lula e sua vitória é considerada prioritária pelo PT.
No evento da noite de ontem, Aníbal destacou que ele, Bruno Covas e Trípoli se unem na campanha da capital também em um contexto de crise nacional. O presidente do ITV não poupou críticas à presidente Dilma Rousseff, à quem chamou de figura “patética”, que não consegue governar o País.
Nesse contexto, Aníbal defendeu que Trípoli é o candidato da união partidária, com potencial para fortalecer o PSDB em São Paulo e no País. “O Trípoli não é um candidato para dividir, é um candidato para a unidade do PSDB. É disso que nós precisamos. Não é um projeto de poder de um grupo, é o projeto do PSDB, principal força da oposição, capaz de agregar outras forças políticas”, afirmou.
Para 2018, o PSDB segue dividido entre grupos que defendem as candidaturas presidenciais do senador Aécio Neves, do governador paulista Geraldo Alckmin ou do senador José Serra. Aécio se afastou da disputa da capital paulista em 2016, mas Serra e Alckmin já polarizam a corrida.
O governador apoia o empresário João Doria, Serra milita pelo nome de Andrea Matarazzo. Último a entrar nas prévias, Trípoli, por sua vez, tenta se firmar como candidato da ‘autêntica militância’, representante da base do PSDB.