Um grupo de nove vereadores da Câmara Municipal de Dourados (MS) foi afastado da função que ocupa no legislativo local por 90 dias. A decisão vale a partir de hoje e é do Tribunal de Justiça do Estado, baseada em denúncias feitas pelo Ministério Público Estadual (MPE) enviadas para a justiça, classificando os parlamentares como réus em ação judicial sobre corrupção.

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Foram atingidos pela medida Sidlei Alves (DEM), ex-presidente da Casa, Aurélio Bonatto (PDT), Edvaldo Moreira (PDT), Humberto Teixeira Júnior (PDT), José Carlos Cimatti (PSB), Zezinho da Farmácia (PSDB), Júlio Artuzi (PRB), Marcelo Barros (DEM) e Paulo Henrique Bambu (DEM). Existem mais dois vereadores envolvidos na ação, mas não foram afastados.

O número de pessoas indiciadas pela Polícia Federal (PF) no mesmo processo sobre os vereadores chega a 60. Entre elas estão o prefeito Ari Artuzi (sem partido), o vice-prefeito, cinco secretários da prefeitura, funcionários municipais e empresários. Os crimes atribuídos a cada um deles são de formação de quadrilha, corrupção e licitações públicas fraudulentas.

O esquema foi descoberto no dia 1º do mês passado, durante operação desenvolvida pela PF denominada Oragano. Segundo as investigações, as empresas beneficiadas pelas fraudes nas licitações públicas distribuíam dinheiro para todos os acusados, o que ficou sendo conhecido como “farra das propinas”.

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