O presidente da Câmara dos Deputados, Eduardo Cunha (PMDB), defendeu em discurso nesta segunda-feira, 31, a democracia e a liberdade de imprensa em evento nas Nações Unidas (ONU), que teve a presença de parlamentares de 140 países. “A essência da democracia é a representação popular. Democracia sem povo é como um jardim sem flores. Não tem o que se regar, o que se manter”, disse ele.
Cunha foi o quinto a falar na “IV Conferência Mundial de Presidente de Parlamentos”, na sede da ONU em Nova York. Antes dele, chefes de parlamentos do Reino Unido, Vietnã e da China discursaram. O brasileiro, diferente de alguns de seus colegas internacionais, falou dentro do tempo previsto pelos organizadores, fazendo um discurso de quatro minutos. “A democracia brasileira é bem jovem, mas vem se consolidando a cada dia”, afirmou Cunha no início de sua apresentação.
O presidente da Câmara ressaltou que a consolidação da independência dos poderes e da democracia no Brasil têm sido o principal foco da atuação da Casa. “Quem achar que a democracia se sustenta apenas com arranjos momentâneos, acabará vencido pela história. Os governos são provisórios. A democracia tem de ser permanente”, disse Cunha.
Cunha disse ainda em seu discurso que é “fundamental para a democracia a manutenção da liberdade de imprensa” e por isso afirmou que é preciso combater “qualquer forma de censura e regulação de mídia de qualquer natureza, inclusive econômica”. O deputado ressaltou que nos últimos anos os parlamentos têm se fortalecido cada vez mais. “O senso comum tende a reduzir a democracia ao simples rito do voto, da eleição, mas notem que a democracia é muito mais que isso. A democracia é o respeito às diferenças e a promoção pelo diálogo e a busca pacífica pela solução dos conflitos.”
“Nós, líderes de parlamentos, temos um papel muito importante nesta construção, o papel de aproximar a população das decisões, o papel de debater, o papel de representar os mais diferentes pontos de vista.”