A presidente Dilma Rousseff disse nesta terça-feira que o Brasil possui a tecnologia social mais avançada do mundo, referindo-se ao Bolsa Família, como núcleo principal do Plano Brasil sem Miséria. “Sim, nós construímos a tecnologia social mais avançada do mundo”, disse a presidente durante solenidade de ampliação do Plano Brasil Sem Miséria, no Palácio do Planalto. “Um país só pode retirar 36 milhões de pessoas da miséria com um programa como o Bolsa Família, quando, além de ter sensibilidade para a dor dos mais pobres, possui também capacidade técnica, qualidade de gestão, honestidade moral e coragem política”, completou a presidente.
Dilma enfatizou que o modelo de desenvolvimento construído no Brasil desafia a “lógica simplista, o ‘disse me disse’ da política pequena”. Ela ainda ressaltou que “exportamos para o mundo uma tecnologia social capaz de combater a fome”. “Um fato que nos distingue hoje do mundo, que nos diferencia entre as nações, e é diferente do que está sendo praticado no mundo, com perdas de direitos e, hoje, com o surgimento de pessoas em situação de extrema precariedade em países que eram, até então, líderes na questão do bem-estar social”, afirmou.
A presidente assinalou que “os conservadores” não entendem a originalidade do modelo de desenvolvimento brasileiro. “É por isso que as correntes do pensamento conservador, aquelas mesmas correntes que quase empurram o mundo para o abismo da crise, insistem em não entender o Brasil e a originalidade do nosso modelo”.
Com a ampliação do Plano Brasil sem Miséria, anunciada nesta terça-feira, o governo vai retirar 22 milhões de brasileiros da miséria. A presidente assinou medida para garantir um complemento em dinheiro para 2,5 milhões de pessoas com renda per capita inferior a R$ 70, patamar para enquadramento na faixa de extrema pobreza. O benefício é para pessoas que recebem o Bolsa Família, mas possuem renda per capita inferior a R$ 70 e, além disso, não se encaixam nas regras do programa Brasil Carinhoso, que só contempla quem tem filhos de até 15 anos. O governo avalia que a complementação de renda, a ser paga a partir de março, representará um custo adicional de R$ 773 milhões só neste ano.
Ao falar da retirada de 22 milhões de brasileiros da situação de extrema pobreza, Dilma destacou que isso “não se deu por mágica nem fruto do acaso, é fruto de dez anos de experiência, tentativas e coragem de execução”.