Em Curitiba, demora, filas e irritação

Era grande a fila para votar em um dos maiores colégios eleitorais, o Colégio Estadual Leoncio Correia, no Bacacheri. Com 25 seções, o colégio tem cerca de 9,6 mil eleitores. Grande parte deles estava na fila, na manhã de ontem, há pelo menos meia hora. A demora acabou com a paciência de muitos eleitores. “Devo ficar na fila durante uma hora”, previu a funcionária pública Inês Rodrigues Miranda, que aguardava para votar há cerca de quarenta minutos. “Não vale a pena ir para casa e voltar depois. A fila deve durar o dia todo.” Para não errar na hora de votar, Inês fez questão de levar os números dos candidatos anotados em um papel.

A professora Elisabete Araújo era uma das mais impacientes na fila. Ela estava há uma hora e quarenta minutos aguardando e ainda não havia chegado sua vez. “Cada um diz uma coisa: que a urna quebrou, que falta gente para organizar”, reclamou. Elisabete saiu de casa imaginando que demoraria menos de dez minutos para votar.

A dona de casa Alzira Chaves Florência também aguardava na fila há pelo menos meia hora. Ela contou que levou uma colinha, para não correr o risco de errar. Segundo Alzira, foi difícil escolher os candidatos, principalmente para o cargo de presidente da República “Espero que aqueles que eu escolhi ganhem.”

Eleitor não pôde votar em niguém

O eleitor Gedeon Antônio Ramos teve uma surpresa desagradavel quando foi votar ontem, às 15h, na seção 214 da 1.ª Zona Eleitoral (Colégio Emiliano Perneta – Jardim Cosmos). Os mesários liberaram a urna para seu voto logo depois de uma pessoa idosa que demonstrou alguma dificuldade com o processo. O problema é que, quando Gedeon tentou digitar o número de seus candidatos, a urna deu seu voto por encerrado, como se ele tivesse votado apenas para deputado federal, deixando em branco os demais mandatos: “Ao que tudo indica, houve a liberação do meu título sem o correto encerramento do voto anterior. Desta forma, a máquina repetiu os dados que foram considerados um novo voto, o meu. E eu não pude votar em ninguém”.

Ele pediu a intervenção dos mesários, que não conseguiram solucionar o problema. Foram 15 minutos de discussão em que a votação na seção 214 ficou suspensa. Gedeon chegou a falar, inclusive, com o juiz da 1.ª zona eleitoral, Expedito do Amaral. Tudo o que ele conseguiu foi o registro do problema na ata dos mesários e a frustração de não ter podido escolher os seus candidatos.

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