Enquanto o auditório principal do Centro de Convenções Ulysses Guimarães, em Brasília, abrigava discussões sobre a conjuntura internacional, líderes petistas presentes no 4º Congresso Nacional do partido se revezavam ontem em reuniões reservadas sobre a sucessão em São Paulo. Nas conversas, dirigentes nacionais e regionais do partido discutiram a possibilidade de pedir ao presidente Luiz Inácio Lula da Silva um encontro, ainda este mês, para resolver o impasse sobre a corrida eleitoral no maior colégio eleitoral do País.

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O PT espera uma resposta do deputado Ciro Gomes (PSB) sobre o convite que recebeu de Lula para que troque a corrida presidencial por uma candidatura ao Palácio dos Bandeirantes. Se Ciro não aceitar, Lula avalia que a melhor opção para a vaga seria o senador Aloizio Mercadante (PT-SP). Lula também chegou a cogitar o nome do ministro da Educação, Fernando Haddad, apesar das fortes resistências enfrentadas por ele no PT paulista e do desgaste provocado pelo vazamento da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem).

Ontem, durante o congresso petista, Mercadante evitou se colocar como candidato ao governo de São Paulo. Ele admitiu, entretanto, ter ouvido de Lula que seu nome seria a melhor alternativa no PT. A conversa, revelada pelo jornal O Estado de S. Paulo, ocorreu no final do mês passado. “Isso o presidente já disse em outras circunstâncias”, amenizou Mercadante.

Porém, o senador afirmou que Lula não lhe pediu expressamente que seja candidato. “O presidente não me fez nenhum pedido nesse sentido.” Mercadante insistiu que Ciro ainda é a primeira opção do Planalto para a vaga. “Temos todo o interesse na aliança com o PSB.”

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