Cerca de 12 mil pessoas participaram da manifestação contra a presidente Dilma Rousseff em Araçatuba, interior de São Paulo, de acordo com organizadores e a Polícia Militar, que concordaram com o número. A concentração começou às 9h30 em volta de um trio elétrico estacionado no cruzamento das avenidas Brasília e Pompeu de Toledo, as mais movimentadas da cidade, que tiveram o trânsito impedido por duas horas. Cerca de 100 policiais militares foram responsáveis pela segurança.

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Moradores de Birigui, cidade a 20 quilômetros de Araçatuba, vieram em carreata pela rodovia Marechal Rondon, que liga os dois municípios, para participar do protesto. O grupo formou uma fila com cerca de 30 veículos que chamou a atenção de quem passava pela rodovia.

Depois da execução do hino nacional, o trio elétrico e um grupo de 20 motociclistas de um moto clube da cidade puxaram a passeata que percorreu 1,5 km até a sede da Justiça Federal, onde os manifestantes pediram o impeachment de Dilma e a prisão do ex-presidente Luíz Inácio Lula da Silva. Também protestaram contra a alta carga de impostos no País.

Teve quem aproveitou para ganhar um dinheiro extra. Foi o caso do ambulante Luiz Carlos de Amorim, de 62 anos, que vendeu água e refrigerantes durante a passeata. Amorim já trabalhou como radialista e vendedor e espera que essas manifestações ajudem a mudar o rumo da política nacional e que os empregos “apareçam de novo”. “É muita gente precisando trabalhar, alguma coisa tem que ser feita”, disse.

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Quatro índios pataxós da aldeia Coroa Vermelha, de Santa Cruz Cabrália (BH), vestidos com trajes típicos, chamaram a atenção dos manifestantes durante o protesto. Eles estão em Araçatuba para participar de uma feira de folclore e aproveitaram a grande concentração de pessoas para divulgar o evento, mas afirmaram não ter opinião formada sobre os motivos da manifestação: “Não participamos desse tipo de política”, declarou Micaré Pataxó, de 22 anos, enquanto posava para selfies.