O protesto contra o governo Dilma Rousseff, em Aracaju (SE), reuniu 500 pessoas, segundo a PM (1.500, para os organizadores), e foi marcado por dois pequenos incidentes durante uma caminhada que os manifestantes fizeram na Avenida Beira Mar, bairro 13 de Julho, na zona sul da capital.
O primeiro foi quando, de um prédio, algumas pessoas gritavam em favor da presidente e as outras que estavam na passeata não gostaram. Houve um pequeno bate-boca, mas sem necessidade de interferência da Polícia Militar. O outro, na mesma avenida, ocorreu quando uma pessoa jogou um ovo contra outras que estavam em cima de um mini trio comandando a caminhada. Inexplicavelmente, o ovo não quebrou.
O jornalista Murilo Gomes, integrante dos movimentos “Vem para Rua” e “Muda Sergipe”, disse que esperava mais pessoas, mas reconheceu a dificuldade de reunir tanta gente. No último dia 15 de março, o ato ocorreu pela manhã na Praia da Atalaia, e reuniu pouco mais de 2 mil pessoas. O organizador mudou o local e horário porque as pessoas reclamaram do sol muito forte. A chuva que o serviço de meteorologia estava prevendo para este domingo a tarde não caiu.
De acordo com Gomes, o chamado para essa nova manifestação foi pelas redes sociais. Vestidas de verde e amarelo, as pessoas saíram portando faixas e cartazes com os dizeres “Fora Dilma” e também com uma lista de motivos para justificar a presença naquele ato. Todas disseram que estavam indignadas com a condução do País e exigiam a saída da presidente.
Entre os principais motivos da lista estão: aumento da inflação, corte na educação, aumento na conta de luz, excesso de ministérios, mensaleiros soltos, estelionato eleitoral, economia em crise, escândalo do Programa Mais Médicos. “Estou aqui justamente para protestar contra esse programa Mais Médicos”, disse o médico Petrônio Gomes.
Por três vezes, durante a manifestação que começou às 15 horas e terminou às 18 horas, as pessoas cantaram o Hino Nacional. O ex-deputado federal pelo Partido dos Trabalhadores, João Fontes, disse que hoje se sente enganado e pediu a saída de Dilma Roussef e de todo “o PT do poder”.
Num discurso inflamado, ele afirmou que “existem canalhas no poder” e citou o poema Guitarra, de Cecília Meireles, para dizer como se sente: “a maior pena que eu tenho, punhal de prata, não é de me ver morrendo, mas de saber quem me mata”.