Com promessas de desmilitarização da Polícia Militar e desapropriação de imóveis ociosos no centro das grandes cidades, o candidato do PSOL à Presidência, Guilherme Boulos, fez no fim de semana o primeiro ato oficial de sua campanha eleitoral.

continua após a publicidade

Chamado “Dia B”, o ato reuniu, anteontem, milhares de pessoas no Largo da Batata, na região oeste da capital paulista, além das principais lideranças do PSOL no Estado, como os deputados federais Ivan Valente e Luiza Erundina.

Segundo os organizadores, 20 mil pessoas foram ao evento. A PM não fez estimativa oficial.

continua após a publicidade

Figura mais aguardada do comício, Boulos chegou ao ato quando todos os outros oradores já tinham falado. Ele desceu de um Corsa preto em uma rua lateral e foi andando no meio das pessoas até o palanque ao som de uma música apoteótica.

continua após a publicidade

No palanque, Boulos, de 36 anos, candidato a presidente mais jovem da história, seguiu o roteiro usado pela maioria dos postulantes de agradecer aos partidos que formam sua coligação (PSOL e PCB), à vice (Sonia Guajajara), o Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), seu berço político, deputados e a chapa ao governo estadual.

Em um longo discurso, Boulos repetiu duras críticas ao establishment político, prometeu criar 6 milhões de empregos em dois anos de mandato e enumerou algumas propostas de seu programa de governo.

“Nosso projeto é desmilitarizar as polícias e enfrentar a guerras às drogas. É um projeto de outro tipo, baseado na prevenção e na inteligência”, disse.

O líder sem-teto também prometeu desapropriar imóveis vazios ou abandonados nas grades cidades e transformá-los em moradias populares.

“Quem é especulador ou banqueiro, quem lucra com a miséria, não vote em mim”, alertou. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.