A cada eleição, os eleitores examinam com mais cuidado a gestão de um prefeito candidato à reeleição. Por isso, a chance de um prefeito se reeleger é proporcional à aprovação de sua gestão na prefeitura, mostra estudo que cruzou avaliações dos prefeitos de 76 grandes municípios brasileiros com os resultados eleitorais do dia 5. A reeleição tem sido estritamente fiscalizada pelo povo, mostra o trabalho: “Só se reelege quem tem méritos”, afirma o autor do estudo, o cientista político Alberto Almeida, do Instituto Análise.

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O cruzamento de dados estipulou os limites de uma “taxa de êxito” para medir a chance da reeleição: os que chegam às vésperas do pleito com aprovação de 50% têm 59% de chances de serem reeleitos, mas uma avaliação positiva de 40% reduz essas chances para 36%; se a aprovação for de 30%, a chance de reeleição desaba para 16%. Com base no estudo, Almeida fixou uma curva de possibilidades para os prefeitos que tentam a reeleição, à luz da taxa de aprovação de seu primeiro mandato.

O estudo recomenda: prefeitos com aprovação abaixo dos 50% devem pensar duas vezes antes de buscar a reeleição. A votação da semana passada deu exemplos. Flávio Kayatt (PSDB) foi à reeleição em Ponta Porã (MS) com a melhor aprovação do País (85%): ganhou sem sustos, com 76% dos votos válidos. Com 82% de aprovação, Ruiter Oliveira (PT) foi à reeleição em Corumbá (MS) e cravou 81% dos votos. Em Piracicaba, o tucano Barjas Negri, com aprovação de 81%, alcançou consagradores 88% dos votos. Outro exemplo foi Beto Richa (PSDB), aprovado por 81%, se reelegeu em Curitiba no primeiro turno com 77% dos votos. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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