Oito parlamentares vão deixar a Câmara Municipal de São Paulo para assumir, em 1.º de janeiro cargos de deputado federal – cinco deles – ou estadual. Entre os oito novos vereadores, sete já exerceram mandato na Casa. A taxa de renovação de 14% das 55 vagas, considerada alta, não muda, entretanto, a correlação de poderes no Legislativo paulistano, dominado desde 2004 pelo “centrão” – bloco hoje formado pela bancada do PT e por outros oito partidos.
Dos oito suplentes, cinco devem votar em sintonia com o grupo liderado pelo presidente do Legislativo, Antonio Carlos Rodrigues (PR). Outros três que assumem pelo PSDB – Aníbal de Freitas, José Rolim e Tião Farias – já estiveram na Câmara e não conseguiram fazer oposição ao bloco. Por outro lado, dois tucanos que faziam críticas à atuação do “centrão” e mediam forças com seus representantes, Carlos Alberto Bezerra Júnior e Mara Gabrilli, conquistaram vagas para deputados estadual e federal, respectivamente.
Os políticos do “centrão” agem como fiel da balança nas votações do Legislativo. O grupo não fecha apoio permanente com nenhum prefeito, mas negocia a cada votação de projeto – muitas vezes seus representantes exigem cargos nas subprefeituras para votar temas de interesse do Executivo.
Rodrigues saiu ainda mais fortalecido das urnas. Ele é o primeiro suplente ao Senado na vaga de Marta Suplicy (PT). Petistas consideram que a campanha do vereador na zona sul, onde mantém reduto eleitoral na região do Campo Limpo, foi decisiva para a candidata nas últimas duas semanas, o que aumentou seu prestígio com a bancada do PT na Câmara, a segunda maior, com dez parlamentares. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.