Foto: Theo Marques |
Ênio Verri: petista busca aliança com o PMDB. continua após a publicidade |
A sucessão municipal deste ano vai provocar mudanças no primeiro escalão do governo do Estado. É considerada certa a saída do secretário estadual do Planejamento, Ênio Verri, que deixa o cargo para ser candidato do PT à Prefeitura de Maringá.
Outro integrante do governo que pode se afastar para participar das eleições é o presidente da Cohapar (Companhia de Habitação do Paraná), Rafael Greca, um dos pré-candidatos peemedebistas à Prefeitura de Curitiba.
Verri já está confirmado internamente no PT como pré-candidato em Maringá, onde o PT busca uma aliança com o PMDB. A legislação eleitoral prevê seu afastamento do cargo quatro meses antes da eleição, no final de maio. Já Greca depende ainda da pré-convenção que o PMDB fará no dia 29 de março, quando será apontado o nome mais forte para representar o partido na disputa em Curitiba.
Greca vem ganhando espaço na preferência de setores dirigentes do partido depois que o reitor da Universidade Federal do Paraná, Carlos Augusto Moreira Junior, não alcançou o desempenho esperado pelo governador Roberto Requião nas pesquisas de intenções de votos. Moreira ainda tem o aval de Requião, mas cresce no PMDB o sentimento de que o ex-prefeito de Curitiba, apesar de não ser parte do núcleo antigo do partido, seria o único capaz de enfrentar o prefeito Beto Richa (PSDB). O deputado estadual Stephanes Junior e os deputados federais Marcelo Almeida e Rodrigo da Rocha Loures também são pré-candidatos, mas a escolha final deve ficar entre Moreira e Greca.
Independente de quem seja o indicado para ser candidato a prefeito em Curitiba pelo PMDB, a eleição na capital deve mobilizar outros dois integrantes do governo. O presidente da Paraná Esporte, Ricardo Gomyde, já anunciou candidatura a prefeito pelo PC do B, e é provável que o secretário de Controle Interno, Jorge Melo Viana, concorra à eleição pelo PV. Presidente estadual do PV, ele já foi candidato ao governo em 2006. O lançamento de candidatos pelos partidos da base do governo faz parte da estratégia peemedebista para provocar um segundo turno da eleição em Curitiba.
Espaço
Verri deixa o governo e reassume sua vaga na Assembléia Legislativa, ocupada pelo suplente, professor Luizão, que está atuando desde o início da atual legislatura e é também pré-candidato à Prefeitura de Pinhais, na Região Metropolitana de Curitiba. Verri apenas tomou posse e se licenciou para assumir a secretaria. Se Verri vencer a eleição em Maringá, a direção estadual do PT indicará outro representante do partido no governo.
Uma das possibilidades cogitadas internamente é a ex-secretária executiva do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome Márcia Lopes, que deixou o cargo no início deste ano. Lopes é ligada ao ministro do Planejamento, Paulo Bernardo, assim como ao ex-presidente estadual do PT, deputado federal André Vargas, que indicaram Verri para o governo. Professora da Universidade Estadual de Londrina, Lopes deixou o ministério alegando motivos pessoais e está de volta à cidade. Além do Planejamento, o PT comanda a Secretaria de Agricultura e a direção estadual vai exigir a manutenção do espaço no governo.