“Acredito no segundo turno no Paraná”, disse a candidata ao governo estadual Gleisi Hoffmann (PT), que votou em Curitiba às 10h20, na Sociedade Recreativa Água Verde, no bairro do Batel. Acompanhada pelo marido, o ministro das Comunicações, Paulo Bernardo, e pelo prefeito Gustavo Fruet (PDT), a ex-ministra da Casa Civil afirmou que acredita ter feito um trabalho de apresentar propostas do PT para o governo do Estado. E que está confiante que o eleitor vai entender a mensagem.

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Sobre o desempenho de sua candidatura nas pesquisas, ela chegou à eleição em terceiro lugar, com 12%, segundo o Ibope, atrás de Roberto Requião (PMDB) e do governador Beto Richa (PSDB), que pode ser reeleito no primeiro turno, a ex-ministra disse que há no País “uma forte propaganda contra o PT”. Perguntada sobre as razões da rejeição à candidatura dela e ao partido no Paraná, a ex-ministra resumiu: “É propaganda, parte da disputa política”.

Para o ministro Paulo Bernardo, que acompanhou a mulher na missa das 8h30 na Igreja de Nossa Senhora do Perpétuo Socorro, no Alto da Glória, Gleisi “apresentou as propostas para o Estado”. “Agora é hora de aguardar a abertura das urnas”, disse o ministro.

Segundo o prefeito Gustavo Fruet, aliado do PT, a rejeição ao PT é um desgaste natural. “A rejeição é normal quando um partido está no governo”, afirmou Fruet. Sobre o desempenho da senadora nas pesquisas, Fruet disse que Gleisi “paga hoje pela rejeição ao PT, provocada por um acúmulo de fatos”. Questionado sobre se a rejeição ao PT seria resultado de escândalos como as investigações na Petrobras, além do caso do assessor do Planalto e ex-prefeito petista de Realeza, Eduardo Gaievski, preso no Paraná acusado de estupro de menores, e do afastamento do partido do deputado federal André Vargas, depois da Operação Lava Jato, Fruet afirmou que não acredita em relação direta desses casos com a candidatura Gleisi.

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“Ela fez o que tinha de fazer, afastou, tomou atitudes”, disse o prefeito. “E não há qualquer vínculo dela com esses casos”, declarou o prefeito. Para ele, com exceto o Rio Grande do Sul, onde o governador Tarso Genro melhorou nas pesquisas, o desgaste petista é uma consequência normal do ambiente político brasileiro.