A campanha do tucano José Serra à Presidência deve deixar uma dívida de R$ 9,6 milhões para o partido. O tesoureiro José Gregori afirmou ontem que a contabilidade a ser entregue hoje ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) deve indicar que as receitas somaram R$ 120 milhões ante despesas de R$ 129,6 milhões.
“Infelizmente, não estamos conseguindo empatar o custo com a receita”, afirmou Gregori. Além de Serra, a presidente eleita, Dilma Rousseff (PT), e os políticos que disputaram o segundo turno para os governos estaduais e do Distrito Federal terão de encaminhar hoje suas contabilidades à Justiça Eleitoral. Os 16.683 políticos que disputaram apenas o primeiro turno gastaram R$ 2,77 bilhões na campanha, conforme dados divulgados ontem pelo TSE.
No caso de Serra, segundo Gregori, se o prazo fosse prorrogado em 15 a 20 dias as contas fechariam. “Embora não se tenha dúvida de que a diferença não coberta vai ser paga, era preciso de mais 15 a 20 dias para entrar essa receita”, disse. “Na realidade objetiva, não é um débito. São restos a pagar que estariam cobertos por receitas prometidas se o prazo (para a prestação de contas) não fosse nesta terça à meia-noite”, afirmou.