Preso!

Eike Batista realiza triagem em presídio no Rio de Janeiro

O empresário já está preso no presídio Ary Franco, no Rio de Janeiro. Ele chegou ao Brasil por volta das 9h54 após um voo vindo de Nova York, nos Estados Unidos. Logo que desembarcou Eike já foi encaminhado para uma viatura da Polícia Federal e, perto das 10h30,  foi encaminhado para a realização de exames no Instituto Médico Legal do Rio de Janeiro, e cerca de 20 minutos depois seguiu para o Presídio Ary Franco, no Rio de Janeiro, onde realizou a triagem.

Segundo o advogado de Eike, Fernando Martins, ainda não foi traçada a linha de defesa do empresário. “Queremos garantir a integridade física do empresário para depois tomar as medidas judiciais cabíveis”, disse o advogado.

Propina

Eike, proprietário do grupo EBX, é suspeito de lavagem de dinheiro em um esquema de corrupção que também atinge o ex-governador do Rio Sérgio Cabral, que está preso.

Eike e o executivo Flávio Godinho, seu braço direito no grupo EBX e vice-presidente do Flamengo, são acusados de terem pago US$ 16,5 milhões a Cabral em troca de benefícios em obras e negócios do grupo, usando uma conta fora do país. Os três também são suspeitos de terem obstruído as investigações.

Na quinta-feira (26), a Polícia Federal tentou deter o empresário em sua casa, no Rio de Janeiro, mas ele não estava lá. Os advogados informaram que Eike havia viajado a trabalho para Nova York e que voltaria ao Brasil para se entregar. A Polícia Federal o considerou foragido e pediu a inclusão de seu nome na lista de procurados da Interpol, a polícia internacional.

Eike, 60 anos, foi considerado o homem mais rico do Brasil e, em 2012, o sétimo mais rico do mundo pela revista Forbes, com uma fortuna estimada em US$ 30 bilhões. As empresas do grupo EBX atuam na área de mineração, petróleo, gás, logística, energia e indústria naval. Em 2013, entretanto, os negócios entraram em crise e Eike começou a deixar o controle de suas companhias e vender seu patrimônio.

O nome de Eike Batista apareceu na semana passada no âmbito da Operação Eficiência, um desdobramento da Operação Calicute, fase da Lava Jato, sobre propinas pagas por grandes empreiteiras a partidos e políticos para obter contratos da Petrobras.

Fachada do presídio em que está o empresário Eike Batista. Foto: Reprodução/Google.
Fachada do presídio em que está o empresário Eike Batista. Foto: Reprodução/Google.
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