O juiz Vallisney de Souza Oliveira, da 10.ª Vara Federal do Distrito Federal, deferiu pedido da defesa do ex-deputado Eduardo Cunha (PMDB/RJ) para que ele seja transferido provisoriamente para o Complexo Penitenciário da Papuda, em Brasília, na próxima segunda-feira, 18. O objetivo da ida do peemedebista para a capital federal é o seu interrogatório no âmbito da ação penal derivada da Operação Sépsis.

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Cunha é réu no processo pelo suposto envolvimento em irregularidades na liberação de valores do Fundo de Investimento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FI-FGTS). A oitiva de Cunha está agendada para o próximo dia 22 de setembro. Entretanto, o despacho do juiz Vallisney de Souza autoriza a permanência do ex-deputado na capital federal por nove dias, entre 18 e 26 deste mês.

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Em um primeiro momento, o advogado de Cunha, Délio Lins e Silva, havia solicitado a ida para Brasília com ao menos dez dias de antecedência da data do interrogatório. O objetivo do prazo era para que o ex-deputado pudesse se preparar para prestar os esclarecimentos ao juiz da 10.ª Vara Federal.

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Cunha está preso em Curitiba, por ordem do juiz Sérgio Moro, desde 19 de outubro de 2016.

Há algumas semanas, a defesa do peemedebista chegou a solicitar sua transferência definitiva para Brasília. Mas o juiz Moro negou a solicitação e deixou em aberto a possibilidade de Cunha ser levado para a capital federal caso houvesse necessidade de comparecer a eventos relacionados aos processos em que é réu.

“Tendo havido a concordância do ilustre juízo federal da 13.ª Vara da Subseção Judiciária de Curitiba e do Egrégio Tribunal Regional Federal da 4ª Região, e para possibilitar ao réu Eduardo Consentino da Cunha o exercício pleno do seu direito de defesa, entendo ser viável somente sua transferência temporária para que seja interrogado pessoalmente neste juízo federal”, diz o despacho do juiz Vallisney de Souza.

Sépsis

No seu interrogatório, Cunha deverá ser questionado sobre sua suposta atuação junto ao ex-vice-presidente de Fundos e Loteria da Caixa, Fabio Cleto. Em sua delação premiada, Cleto afirmou que o ex-deputado e o corretor Lúcio Bolonha Funaro intermediavam pagamento de propina para liberação de valores do FI-FGTS para grandes grupos econômicos.