O deputado afastado Eduardo Cunha (PMDB-RJ) decidiu telefonar para parlamentares para tentar se livrar da cassação depois de perceber que cartas e mensagens por celular não tiveram efeito. O peemedebista também tem tido a ajuda da filha Danielle Dytz Cunha, que vem procurando deputados em busca de apoio para o pai.

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No início da semana, o peemedebista apostava no esvaziamento da sessão da próxima segunda-feira, 12, quando está marcada a votação do processo de cassação, mas mudou a estratégia. Placar do jornal O Estado de S. Paulo mostra que haverá quórum suficiente para realizar a votação no dia previsto e que mais de 257 deputados se posicionam a favor da cassação (mínimo necessário).

Cunha passou a ligar para os colegas de Casa, tentando convencê-los a se abster ou faltar à votação. O foco são parlamentares que ele sempre ajudou, seja como líder do PMDB ou como presidente da Câmara. Os mais procurados são deputados do PMDB e do Centrão – grupo de 13 partidos liderados por PP, PSD, PR, PRB e PTB e que foi a principal base de sustentação do peemedebista na Casa.

Amizade

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A filha de Cunha está focando em deputados mais jovens e de primeiro mandato, de quem é amiga. Ela é dona de uma empresa de marketing político, que oferece serviço de assessoria e divulgação de mandatos. Segundo um desses parlamentares, Danielle o procurou pessoalmente em seu escritório em Brasília pedindo para votar contra a cassação ou faltar à sessão. Faltas e abstenções são favoráveis a Cunha, pois não ajudam a contabilizar o mínimo necessário para a cassação.

Assim como o pai, Danielle é investigada pela Operação Lava Jato sob suspeita de ser beneficiária de uma das contas no exterior cuja titularidade é atribuída à jornalista Cláudia Cruz, sua madrasta e mulher de Cunha. As informações são do jornal O Estado de S. Paulo.

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