Com a maior votação já registrada no Estado, Eduardo Campos (PSB) foi reeleito hoje governador de Pernambuco. Com 90,43% das seções apuradas, às 21 horas, ele tinha 82,44% dos votos – contra 14,32% do segundo colocado, o senador Jarbas Vasconcelos (PMDB). Eduardo também elegeu os dois senadores da sua coligação, o ex-ministro Humberto Costa (PT) e o deputado federal Armando Monteiro Neto (PTB).
Com vitória tão expressiva, Eduardo se consolida como o homem forte de Lula no Nordeste e se fortalece como uma liderança nacional com cacife para vir a conquistar sua meta, a Presidência da República, a partir de 2014. De quebra, vingou o avô Miguel Arraes, falecido em 2005 e tido como um mito em Pernambuco, ao impor uma diferença de 2,5 milhões de votos sobre Jarbas. Em 1998, Arraes teve 26,3% na disputa pelo governo do Estado, sendo derrotado por mais de um milhão de votos pelo mesmo Jarbas, que conquistou 64,1% da votação.
Eduardo atribuiu o sucesso ao seu trabalho à frente do governo, dividindo os louros com todos os 15 partidos coligados da Frente Popular. Em entrevista, disse que irá manter essa unidade.
Isolado, Jarbas considerou “previsível” a vitória do adversário, mas lamentou a exclusão do senador Marco Maciel (DEM), que, segundo ele, só tentou a reeleição a seu pedido. “Me sinto culpado”, disse ele.
Pela manhã, o presidente nacional do PSDB e candidato a deputado federal, Sérgio Guerra, colocou uma pá de cal na aliança com Jarbas no Estado. “A aliança está exaurida”, afirmou, sem assumir responsabilidade pela adesão da maioria de prefeitos tucanos à candidatura de Eduardo, de quem é amigo e com quem fez dobradinha em vários municípios.
