Pressionado pelo Partido dos Trabalhadores a “democratizar” as verbas publicitárias do governo, o novo ministro da Secretaria de Comunicação Social, Edinho Silva (PT), disse nesta terça-feira, 31, que irá se nortear “pelo critério técnico” na distribuição de recursos da pasta. Edinho também prometeu blindar decisões de “critérios subjetivos”, a partir da criação de mecanismos e otimizar a execução orçamentária da Secretaria.

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“A função do governo é fazer as diversas campanhas de conscientização e de informação. Minha postura sempre irá se nortear pelo critério técnico para distribuição de recursos para que a gente possa fazer as campanhas chegarem à sociedade”, disse Edinho Silva a jornalistas, depois de participar da cerimônia de posse no Palácio do Planalto.

“Eu serei um gestor extremamente zeloso para garantir a boa utilização dos recursos públicos e fazer com que as campanhas cheguem ao maior número possível de pessoas, levando em conta a diversidade etária e cultural, as regionais, para que a maior parcela possível da população possa ter acesso aos feitos e realizações dos governos nas campanhas informativas.”

Caos

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Edinho assume a Secom no lugar do jornalista Thomas Traumann, que pediu demissão na quarta-feira passada, 25, depois de o portal Estadão.com revelar o conteúdo de um documento reservado do Palácio do Planalto que via “caos político” e criticava a “comunicação errática” do governo federal. O jornalista não foi visto na cerimônia desta terça-feira.

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Questionado sobre a polêmica, o ministro respondeu que quer pensar a comunicação “daqui para frente”.

“Tenho o maior respeito pelo ministro Thomas, temos uma excelente relação. Não acho que isso (documento interno do Planalto) seja importante nesse momento. Quero pensar daqui pra frente, não quero pautar as minhas iniciativas olhando pelo retrovisor. Quero olhar pelo futuro”, comentou Edinho.

“Penso que comunicação do governo será feita no cotidiano. Não tenho dúvida que (a comunicação) é cotidiana, se dá todos os dias e deve ocorrer pelos veículos comunicação. Por isso temos uma postura de valorização dos veículos.”

Turbulência

Segundo o petista, na sua gestão “não há tema proibido, não tem contradição que não possa explicada, não tem problema que não possa ser esclarecido”.

“Meu principal instrumento de trabalho é o diálogo. Estamos vivendo um momento de turbulência, de ajustes, mas eu não tenho dúvida de que esse governo tem credibilidade e pode dizer ao povo brasileiro aquilo que será feito no nosso futuro”, destacou.

“Não existe política de ministério, existe de governo, tem de estar integrada. A orientação na primeira conversa com a presidente é de melhorar o diálogo com os veículos e profissionais, é de valorizar os veículos no seu cotidiano. Essa orientação tem de ser colocada em prática pela Secom”, ressaltou.