O presidente do PT em São Paulo, Edinho Silva, avaliou hoje que, diante do atual cenário partidário, é “muito provável” que não seja necessário promover um processo de prévias para a escolha do candidato petista à Prefeitura de São Paulo. O dirigente partidário ressaltou que os pré-candidatos do PT estão em fase de diálogo, na busca de um melhor entendimento para a sucessão municipal na capital paulista.
“Nesse ritmo que nós estamos indo, eu acredito que o PT sairá unificado desse processo. Eu acho que é muito provável que não haja prévia, mas é evidente que isso será resultado desse processo que estamos vivendo hoje”, considerou. “Se nós não investirmos no diálogo, a chance de prévia é muito grande”, acrescentou o petista, que participou hoje de vistoria ao antigo Hospital Psiquiátrico do Juqueri, na cidade de Franco da Rocha, na Região Metropolitana de São Paulo.
O dirigente do PT também avaliou como um meio de se evoluir no entendimento entre os pré-candidatos a discussão em torno do programa de governo da sigla. Ontem, em evento na capital paulista, o ministro Fernando Haddad reconheceu que tem conversado com os outros pré-candidatos do PT e afirmou acreditar que, do ponto de vista programático, é possível criar uma união que possa evitar a realização da eleição interna. O ministro citou, como exemplo, o senador Eduardo Suplicy (PT-SP), que anunciou sua desistência da disputa interna ao ter recebido a promessa de que o Programa Renda Cidadã será incorporado ao seu discurso, caso ele seja o candidato do PT à sucessão municipal.
“Nós estamos trabalhando, não necessariamente significa que isso vai acontecer, mas eu penso que é dever meu tentar buscar esse entendimento”, afirmou o ministro. O presidente do PT voltou a elogiar a senadora Marta Suplicy (PT-SP), que deixou a disputa interna na última semana, e ressaltou que “não existe vitória política” em São Paulo sem a petista. “É impossível imaginar um processo eleitoral sem a Marta Suplicy. Ela sabe disso, nós sabemos disso, esperamos contar com ela, não só na capital, mas em diversas outras cidades”, afirmou. “Ela saberá exercer a sua capacidade de liderança no momento certo”, emendou. Em discurso, quando anunciou sua desistência, a senadora evitou declarar apoio à pré-candidatura do ministro Fernando Haddad. Ontem, o ministro disse que pretende procurar pessoalmente a petista. “Nós estamos muito confiantes no apoio dela”, afirmou Haddad.