O ministro da Fazenda, Joaquim Levy, afirmou nesta segunda-feira, 31, após entregar ao Congresso Nacional a proposta de Orçamento de 2016, que é preciso uma “ponte para garantir a estabilidade fiscal”. Após apresentar uma expectativa de déficit para o próximo ano, o ministro ressaltou que o governo ainda não tem todas as medidas detalhadas porque envolvem ações legislativas e que “deverão ser construídas nas próximas semanas e meses com diálogo com o Congresso”.

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“Precisamos de ponte que dê segurança para o cidadão e investidor para dar condições de reequilíbrio para ver o crescimento”, ponderou Levy. O ministro ressaltou que essa “ponte” deverá ser construída com a participação da sociedade e com uma receita que seja adequada. “É importante que a gestão pública seja cada vez melhor como numa empresa”, afirmou.

“Precisamos de uma ponte segura e de receitas que permitam cobrir despesas no curto prazo”, disse o ministro.

“Temos esse trabalho a fazer para chegarmos a resultados que sejam compatíveis com a estabilidade da economia e continuação do reequilíbrio da economia que já está em curso”, frisou Levy.

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O ministro lembrou que será necessário encontrar caminhos para trazer o orçamento para o equilíbrio necessário e que, para isso, é preciso lidar com questões de médio e longo prazo.

O dirigente da Fazenda fez questão de ressaltar a necessidade de responder ao novo ambiente econômico, evolução do gasto obrigatório, demografia e necessidade de investimentos em infraestrutura. “É preciso criar condições para o crescimento e desenvolvimento”, ressaltou.

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Desafio

Com a necessidade de aprovar medidas que estão sendo discutidas com o Congresso, o ministro da Fazenda ressaltou a necessidade de o governo conseguir uma fonte segura e que proporcione estabilidade fiscal. Para Levy, o governo precisará adotar “uma série de medidas”. “Esse é o desenho e o desafio, é uma coisa que a gente constrói com a harmonia dos poderes, e isso tem sido orientação da presidente”, disse.

O ministro ressaltou que alguns elementos não econômicos têm influenciado na economia mas, que com a superação, o país “vai conseguir”. “Sabemos onde queremos chegar e sabemos como, que é através das reformas”, frisou.

Equação Brasil

Levy disse também que o envio de um orçamento de 2016 deficitário passa a mensagem de que não se pode ter novas despesas sem a previsão de receitas correspondentes. “Esse orçamento aponta que não se pode dar benefícios, isenções e renúncias quando a gente tem necessidade de pagar outros compromissos que já foram assumidos”, completou o ministro da Fazenda.

O ministro disse que é necessário resolver uma equação que pressupõe aumentos de receitas e melhorias de despesas para retomar o crescimento. “Essa equação que não só as agências de rating mas a população toda vai procurar o que a gente vai resolver”, afirmou. “Temos total segurança de que, com diálogo a equação Brasil tem solução. Essa é a minha convicção e até agora não tive nada que mudasse”, acrescentou.