O presidente Michel Temer afirmou que deve demorar “uns 15 dias” para definir quem ficará no comando do Ministério da Justiça, caso o atual titular, Alexandre de Moraes, agora licenciado, seja aprovado pelo Senado para ocupar uma vaga de ministro no Supremo Tribunal Federal (STF).

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Ao ser questionado pelo Broadcast, serviço de notícia em tempo real da Agência Estado, sobre quem seria o novo ministro da pasta, Temer respondeu: “Me dá uns dias para a escolha do MJ”. Ele ainda acrescentou que esse tempo seria de “15 dias”, ao ser novamente perguntado pela reportagem sobre o prazo preciso para a definição. A afirmação de Temer foi feita nesta terça-feira, 7, ao final da solenidade conjunta com o presidente da Argentina, Mauricio Macri, realizada no Palácio do Planalto.

Sobre a definição para a vaga deixada por Moraes, Temer disse que “é uma escolha pessoal”. “O Ministério da Justiça é uma escolha muito importante, vamos escolher de forma pessoal”, afirmou.

Prazo. O tempo de 15 dias estimado por Temer para a escolha do novo ministro da Justiça coincide com o prazo já anunciado pelo presidente do Senado, Eunício Oliveira (PMDB-CE), para o processo de sabatina e votação do nome de Moraes. Para ocupar o novo posto, o candidato a ministro do Supremo precisa ser sabatinado pela Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) do Senado antes de sua indicação ser votada na própria comissão e também no plenário da Casa. Eunício espera que a CCJ seja instalada até esta quarta-feira, 8, para que as indicações não sejam postergadas. Com isso, ele acredita que a definição sobre a indicação de Moraes ao STF pelo Senado Federal possa ser concluída ainda neste mês de fevereiro, em duas semanas.

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Entre os nomes cogitados para assumir a vaga de Moraes estão os ex-ministros do STF Carlos Ayres Britto, Ellen Gracie e Nelson Jobim, e os senadores Antonio Anastasia (PSDB-MG) e Aloysio Nunes (PSDB-SP).

Disputa. Antes mesmo de Moraes ser oficialmente indicado para o cargo de ministro do STF, PSDB e PMDB já iniciaram uma disputa pela vaga que se abriu no Ministério da Justiça. Filiado ao PSDB, Moraes assumiu o ministério em maio do ano passado como uma indicação do partido. Entretanto, a cadeira não deve permanecer com os tucanos.

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O entendimento da cúpula do PMDB é que o PSDB já foi suficientemente agradado com as recentes mudanças promovidas por Temer e que o Ministério da Justiça deve ficar com o partido do presidente da República. A bancada do partido na Câmara, porém, não tem interesse em indicar o substituto da pasta, de perfil técnico.