O presidente nacional do PT, José Eduardo Dutra, disse hoje, em Aracaju, que vai ser necessário muito rigor na composição do novo ministério, caso haja a vitória da candidata do partido, Dilma Roussef. Ele foi questionado sobre a sucessão de escândalos com militantes petistas, a exemplo de José Dirceu e, mais recentemente, o caso Erenice Guerra, ex-ministra da Casa Civil. Dutra, que vai acompanhar a apuração em Brasília, junto com Dilma e o presidente Lula, não quer nem ouvir falar numa possível “zebra” nessas eleições. E, rapidamente, procurou uma madeira e deu três pancadas para, segundo ele, afastar o azar.

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“Não quero nem pensar em uma zebra. Estou confiante, não só pela pesquisa. Acompanhei a eleição no Brasil todo e no segundo turno houve uma ação muita efetiva por parte da militância”, comentou. Dutra reconheceu que durante a campanha no primeiro turno, “houve certo descuido, porque todo mundo achou que Dilma já estava eleita e cada um foi cuidar de suas campanhas”, ressaltou. “A militância ficou prostrada, perplexa”, acrescentou Dutra, ao se referir aos resultados do primeiro turno.

Sem citar nomes, Dutra criticou o governo passado, ao afirmar que no governo Lula “não houve a figura do engavetador geral da União” e destacou que todos os problemas de corrupção estão sendo apurados. No caso Erenice Guerra, por exemplo, ele disse que já foi constatado o crime de nepotismo, mas falta apenas comprovar se houve ou não tráfico de influência.

Dutra estava acompanhando o governador de Sergipe, Marcelo Déda, que no fim da manhã, votou no Colégio Patrocínio São José, em Aracaju, com quem segue mais tarde para Brasília. O governador estava bastante empolgado e disse que sua expectativa é de vitória para Dilma Roussef. “Creio que ela terá uma vitória maior que no primeiro turno em Sergipe, onde ele teve 47% dos votos”, afirmou Déda.

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Assim como José Eduardo Dutra, Marcelo Déda afirma que é muito cedo para se discutir composição do ministério. “Acredito se os resultados se confirmarem, a marca será a alegria e todo o suspense da nação para o pronunciamento da primeira mulher presidente do Brasil. Acho que ela vai descansar, e depois vai formatar o seu governo. É um assunto que deve ser discutido com tranquilidade e plena liberdade de suas escolhas, prestigiando os partidos aliados.”