O ex-secretário de Relações Institucionais do governo do Distrito Federal Durval Barbosa, principal denunciante do esquema de corrupção supostamente comandado pelo governador José Roberto Arruda (ex-DEM), encaminhou ofício à CPI da Corrupção, da Câmara Legislativa, pedindo o adiamento do seu depoimento à comissão. O depoimento está marcado para amanhã, na sede da Polícia Federal (PF), em Brasília.

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Durval Barbosa está sendo assistido pelo Programa de Proteção à Testemunha, do Ministério da Justiça. Ao pedir a mudança na data do depoimento, o ex-secretário alega que precisa de “mais tempo para juntar mais subsídios com vista à elucidação dos fatos.” Seus advogados disseram que, no depoimento, ele faria novas revelações e apresentaria, além dos vídeos que já divulgou, outras provas das denúncias.

Em outro ofício à CPI da Corrupção, a defesa de Barbosa afirma que, embora o ex-secretário tenha se colocado à disposição dos deputados, a “diversidade e tendências políticas dos inquisidores” podem fazer com que o depoente “oferte respostas prejudiciais ao exercício da ampla defesa.” Barbosa é autor de dezenas de vídeos anexados ao inquérito da Operação Caixa de Pandora, da PF, nos quais o governador Arruda e deputados distritais recebem maços de dinheiro de supostas propinas. O caso é conhecido como “Mensalão do DEM”.

Os ofícios de Barbosa e seus advogados foram lidos em plenário pelo relator da CPI, deputado Raimundo Ribeiro (PSDB). O presidente da comissão, Alírio Neto (PPS), afirma que o Ministério Público precisa ser consultado sobre o pedido de Durval Barbosa. Caso isto seja feito, o depoimento poderá ser adiado.

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A assessoria de imprensa da Polícia Federal afirma que o depoimento está mantido e só poderá ser adiado ou cancelado a pedido da Câmara Legislativa. Os deputados estão discutindo se o depoimento será ou não adiado.