Duas pessoas detidas pelo Grupo de Atuação Especial de Combate ao Crime Organizado (Gaeco), órgão ligado ao Ministério Público Estadual (MPE) por causa do escândalo da Assembleia Legislativa, no sábado, durante a Operação Ectoplasma I, foram soltas na tarde do mesmo dia. Maria José da Silva e Nair Terezinha da Silva Schibicheski, a sogra e a cunhada do funcionário efetivo da AL, José Leal de Mattos, foram liberadas após prestar depoimento.

continua após a publicidade

De acordo com a assessoria de imprensa do MPE, as duas mulheres foram soltas após pedido do próprio Gaeco, que entendeu não ter necessidade de mantê-las sob custódia. Em depoimento, as duas acusadas revelaram que Mattos pegou emprestado os seus documentos e que, embora ambas tivessem sido nomeadas para funções dentro da Assembleia, jamais chegaram a exercer os cargos. A sogra e a cunhada de Mattos informaram ainda que recebiam mensalmente R$ 150 por emprestar os seus nomes.

Cadeia

Os três ex-diretores da Assembleia, Abib Miguel (ex-diretor geral), José Ari Nassif (ex-diretor administrativo) e Cláudio Marques da Silva (ex-diretor de pessoal), permanecem presos, além da esposa, filha, irmã e sobrinha de Mattos, que também continua detido. As prisões são temporárias por cinco dias, com a possibilidade de prorrogação por mais cinco dias. O MPE pode transformar em prisões preventivas. Pesam sobre os suspeitos a acusação de crimes de formação de quadrilha e peculato. Existe ainda indícios de falsificação de documentos e lavagem de dinheiro.

continua após a publicidade