Na mira

Duas advocacias de Curitiba são investigadas pela Lava Jato

Dois escritórios de advocacia de Curitiba são investigados na nova fase da Operação Lava Jato por supostamente intermediar pagamentos de propina. O escritório Sacha Reck e Guilherme Gonçalves Advogados teria contratos frios com o grupo Consist, pivô da 18.ª fase da operação, batizada de Pixuleco II. Segundo a polícia, ao todo, o grupo Consist teria desviado R$ 52 milhões.

Gonçalves é presidente do conselho do Instituto Paranaense de Direito Eleitoral, e atuou na defesa de Gleisi Hoffmann (PT), na última campanha, e Ratinho Jr. (PSC), na campanha de 2012. Teria recebido R$ 7,2 milhões de empresas suspeitas. Reck foi advogado do Sindicato das Empresas de ânibus de Curitiba (Setransp).

A sociedade entre os dois escritórios não existe desde 2013: os sócios decidiram montar empresas separadas. Tanto o novo escritório de Gonçalves quanto o de Reck foram alvo de mandados de busca e apreensão na manhã de ontem. De acordo com o despacho de prisão do ex-vereador Alexandre Romano (PT), de Americana (SP), assinado pelo juiz Sergio Moro e cumprido ontem, o escritório Guilherme Gonçalves & Sacha Reck Advogados recebeu cerca de R$ 6,2 milhões de empresas do grupo Consist entre 2010 e 2014. Romano é acusado de ter arrecadado e distribuído cerca de R$ 40 milhões em propina.

Defesa

Em de nota, Gonçalves declarou que “prestou serviços de advocacia, consultoria e assessoria jurídica, devidamente documentados”. Já Reck declarou que as supostas irregularidades não envolvem contratos gerenciados pelo seu escritório atual.

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