PMDB, PSOL ou PcdoB, um desses deverá ser o novo partido da deputada federal Dra. Clair, que não conseguiu se reeleger nas eleições do ano passado e acabou se desfiliando do PT, partido ao qual estava vinculada há 12 anos, alegando divergências ideológicas. Ela disse não ter pressa para decidir por uma legenda e garantiu que não se deixará influenciar pela possibilidade de exercer um cargo no governo estadual.
A deputada anunciou oficialmente seu desfiliamento ontem, dizendo que, assim, teria liberdade de expressão e crítica. ?O partido mudou, chegou ao poder como esperança de mudança, mas acabou seguindo o modelo econômico anterior?, alegou, salientando que votou contra o governo nas questões do salário mínimo, criação da CPMI dos Correios e cassação dos deputados envolvidos em escândalos de corrupção, chegando a ser suspensa pelo PT.
Clair também demonstrou seu descontentamento com a direção estadual do PT que, segundo ela, a prejudicou durante a campanha, reduzindo seu tempo de horário eleitoral e coibindo os militantes que a apoiavam.
Sobre seu futuro, Dra. Clair disse ter boa relação com o PSOL e com o PCdoB, mas, por compartilhar das posições firmes do governador Roberto Requião em questões como o pedágio, os transgênicos e a nacionalização do petróleo, considera, também, a possibilidade de uma filiação ao PMDB. ?Não preciso decidir meu futuro partidário agora, vou analisar junto com minha equipe as possibilidades e pretendo tomar uma decisão até o início de março?, comentou, dizendo não contar com um cargo no governo Requião. ?Não conversei com o governador, não recebi convite e não está nos meus planos assumir uma secretaria. Quero me dedicar ao meu escritório ajudando os movimentos populares na criação de um novo plano de desenvolvimento econômico e social para o País?, declarou.
