O deputado federal Dr. Rosinha (PT) protocolou no começo da tarde desta segunda-feira (18) um pedido de providências para que o Ministério Público Estadual (MPE) do Paraná investigue todos os contratos de publicidade feitos pelo vereador João Claudio Derosso (PSDB) nos quatorze anos em que ocupa a presidência da Câmara Municipal de Curitiba.

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Derosso assumiu nesta segunda-feira, 18, interinamente a prefeitura de Curitiba, durante viagem do prefeito Luciano Ducci (PSB) à França, que retorna no início da próxima semana. Derosso é um dos nomes cogitados no PSDB para ser candidato a vice-prefeito na chapa de Ducci à reeleição.

O deputado federal pede a abertura das ações criminais e cíveis sobre os responsáveis por supostas irregularidades nos contratos. O pedido de Rosinha tem como suporte relatórios da Diretoria de Contas Municipais do Tribunal de Contas do Estado (TCE) e do Ministério Público junto ao TC sobre a contratação pela Câmara da agência de publicidade de propriedade da esposa de Derosso, Claudia Queiroz Guedes, em sociedade com o pai, Nelson Gonçalves dos Santos, sogro do vereador.

No pedido, Rosinha cita que a esposa de Derosso ocupou cargo de confiança na Câmara até maio de 2006, quando foi lançada uma das licitações de publicidade. A legislação federal impede servidores de venderem serviços para os órgãos públicos onde atuam.

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O parecer do Tribunal de Contas do Estado em que auditores analisam os contratos foi revelado pelo jornal “Gazeta do Povo”, na sexta-feira, 15. De acordo com a reportagem, Derosso assinou em 2008 e em 2009 aditivos contratuais com a empresa de comunicação Oficina da Notícia, de propriedade da esposa e sogro, que elevaram os contratos originais de R$ 5, 2 milhões para R$ 30, 1 milhões.

“Os fatos que agora vêm à tona são gravíssimos e suficientes para instruir até mesmo um processo de cassação de Derosso”, avalia Dr. Rosinha. Ele citou que a empresa em nome da mulher e do sogro está instalada em um imóvel de Derosso, no centro de Curitiba.

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Conforme a representação de Rosinha, irregularidades nos gastos da Câmara Municipal de Curitiba já são investigadas pelo Tribunal de Contas do Estado desde 1999.